quarta-feira, 28 de julho de 2010

TECNOLOGIA CONDICIONANTE




FACULDADE de FILOSOFIA SANTA DOROTÉIA
CURSO de PÓS-GRADUAÇÃO em PLANEJAMENTO URBANO-AMBIENTAL

DISCIPLINA: CIBERESPAÇO

PROFESSOR: SIDNEY CARDOSO

ALUNO: ALEXANDRE JACINTHO TEIXEIRA

Segundo Milton Santos (1), a principal forma de relação entre o homem e a natureza, ou melhor, entre o homem e o meio, é dada pela técnica. Nesse contexto, as revoluções técnico-científicas têm como consequências mudanças de ordem econômica, política, cultural, social e, considerando-se o espaço, também de natureza geográfica. Mudanças que vão de encontro ao citado por Pierre Lévy (2), que afirma que uma técnica é produzida dentro de uma cultura, e uma sociedade encontra-se condicionada por suas técnicas, porém não determinada por estas. Dizer que a técnica condiciona significa dizer que abre algumas possibilidades, que algumas opções culturais ou sociais não poderiam ser pensadas a sério sem sua presença. Dentre outros exemplos, Lévy cita que a agricultura irrigada em grande escala talvez tenha favorecido o “despotismo oriental” na Mesopotâmia.

De acordo com o site da Angelfire (3), o problema principal da agropecuária na Mesopotâmia era a falta de chuvas. Além disso, os afluentes dos rios Tigre e Eufrates não eram muito caudalosos. Então, para melhor aproveitar suas terras férteis, os mesopotâmicos inventaram métodos para irrigar artificialmente seus campos, tendo se dado conta de que poderiam expandir a área agropecuária através da confecção de canais de irrigação, aumentando consequentemente a produção de alimentos. O melhor controle sobre a colheita e a criação de animais domésticos fez com que mais comunidades passassem a existir. A proximidade dos vilarejos tornava mais fácil a comunicação e a interação entre as mesmas. Isso estimulou o intercâmbio cultural e econômico, mas também trouxe a possibilidade de conflitos. Portanto, o surgimento de regras e acordos para evitá-los ou resolvê-los desponta como um fator importante no processo da civilização, sendo considerados mais importantes do que a necessidade administrativa de maior cooperação nos trabalhos de irrigação. Ou seja, o sucesso da agricultura irrigada na maior produção de alimentos tornou indispensável a manutenção de uma organização acima de tudo centralizada, enérgica e disciplinada. Esta administração teria de ser mantida pelo menos para os trabalhos de irrigação, mantendo sob controle vilas e povoados que até então tinham sido independentes e sobrevivido isoladas umas das outras.

As populações se “adaptaram” gradualmente àquele tipo de regime, formando as primeiras cidades, sob as ordens de uma administração forte, com grande concentração de força. Dessa administração forte das primeiras cidades originou-se provavelmente o sistema monárquico. Finalizando, segundo John Keegan (4), especialista em história militar, o poder de organização dos mesopotâmicos, e consequentemente de seus exércitos, os tornaram temidos, o que prova a capacidade de mobilização e de planejamento de suas cidades.


Referências Bibliográficas:

(1)– Santos, Milton – A Natureza do Espaço: Técnica e Tempo, Razão e Emoção – 4. ed. 2. reimpr. - São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2006 – (Coleção Milton Santos; 1)
(2)- Lévy, Pierre – Cibercultura; tradução de Carlos Irineu da Costa – São Paulo: Ed. 34, 1999. 264 p. (Coleção TRANS)
(3)http://www.angelfire.com/me/babiloniabrasil/index.html
(4)Keegan, John – Uma história da guerra – Editora Cia. Das Letras, São Paulo, 1993, p. 175, extraído de http://www.uol.com.br/



quinta-feira, 22 de julho de 2010


Análise do Texto: “As dimensões da exclusão digital”
Postado por: Janaina Emmerick

A exclusão digital não pode ser dissociada da exclusão social. É difícil avaliar e quantificar a efetiva participação dos países no acesso as tecnologias de informação. De forma geral, a penetração das populações neste setor acompanha e reproduz as posições relativas à distribuição da renda e do nível de escolaridade, ou seja, as camadas de maior poder de compra e escolaridade elevada fazem mais uso e retiram maior proveito dos instrumentos de comunicação. A constante renovação dos meios de acesso à Internet, por exemplo, constitui imenso desafio aos países subdesenvolvidos que não dispõe de recursos capazes de suprir essa necessidade, já que a cada etapa de inclusão, apresentam-se novas demandas. Além disso, o domínio do tráfego de informações concentra-se nos países desenvolvidos, principalmente nos Estados Unidos e na Europa. Sendo assim, a exclusão digital é uma das faces da exclusão social. É preciso trabalhar as demais questões pertinentes a esse tema para que o acesso e o uso da tecnologia não sejam mais um fator agravante desse problema.
O estabelecimento de parcerias do poder público com as ONGs e a iniciativa privada pode ser um caminho para a redução da exclusão digital, porém, o que se verifica na prática, principalmente no Brasil, são políticas de partidos e candidatos que se utilizam do tema da inclusão digital para promover seus interesses pessoais e partidários.
A inclusão digital requer políticas que garantam infraestrutura física de transmissão de dados, equipamentos, treinamento de pessoal em telecentros comunitários, facilitação de acesso e geração de conteúdos adequados aos usuários, pois os existentes são direcionados à classe média, obedecendo a uma lógica capitalista de obtenção de lucros.
É inegável a necessidade da inclusão digital, pois o acesso ao conhecimento e aos serviços, em geral, tem se dado cada vez mais através dos fluxos do ciberespaço. O poder cerebral está se tornando muito mais importante que os recursos naturais. Nos séculos XIX e XX, os recursos naturais ainda predominavam: as reservas de carvão ou de petróleo, a localização estratégica e outros fatores semelhantes eram importantes para o desenvolvimento de uma região. Hoje isso não vale mais. O grande recurso atual é a força de trabalho qualificada, o chamado poder cerebral ou do conhecimento. Os vencedores do século XXI serão aqueles – países, regiões ou mercados internacionais – que tiverem as melhores universidades, os melhores incentivos para o trabalho de criação e de inovação. Os países subdesenvolvidos precisam, antes de tudo, universalizar o acesso a escola de qualidade, que inclua socialmente, onde o público atendido tenha condições reais de desenvolver sua participação e cidadania. Senão, todo o esforço dispensado à inclusão digital seja na infraestrutura de acesso, no treinamento, nos subsídios e outros, cairão no vazio, pois sempre serão absorvedores e não produtores de conteúdo e conhecimento.

Observe a charge e o gráfico abaixo:



scielo.br


www.senac.br

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Normativas Gerais para avaliação.

Normativas Gerais para avaliação da disciplina: Cibernética e Cidades Digitais.

A) a pontuação será dvidida:
  • A avaliação entregue ao professor Sidney Cardoso da parte I (Cibernética) será pontuada até o máximo de 5,0pontos;
  • A avaliação entregue a professora Michelle Tacman da parte II (Cidades Digitais) será pontauda até o máximo de 5,0pontos;
B) as normativas para avaliação do professor Sidney:

  1. Avalição contará com uma análise de um dos textos apresentados na bibliografia;
  2. A mesma deverá ser postada neste blog, a partir das normais textuais abaixo, incluindo ainda uma imagem ou vídeo (obs: em consonânica com o texto em questão)
  3. Fonte: Arial 11;
  4. Espaçamento: Simples;
  5. Tamanho: entre 2.500 e 3.200 caracteres (com espaços)
  6. O texto deverá ser postado até o dia 1 de agosto (domingo) às 23h e 59min.
Caso haja duvidas: utilize o blog e o e-mail como ferramentas de comunicação.

sábado, 10 de julho de 2010

Só para começar...

Ao chegar em casa e estudar mais sobre ciberespaço e cibercultura, encontrei um mapa mental da cibercultura e creio que este pode nos ajudar a compreender melhor tudo aquilo que nos foi apresentado pelo professor Sidney. Espero que gostem.

CLIQUE AQUI PARA DOWNLOAD DA IMAGEM

Alem do mapa creio que assitir o vídeo abaixo e fazer uma comparação com o conteúdo aprendido na disciplina do professor Luciano pode proporcionar reflexões interessantes sobre nossa futura atuação como profissionais planejadores dos espaços ambientais (urbanos ou não) tendo que considerar não somente o real mas também o virtual, o ciberespaço e a cibercultura como fatores inerentes a realidade contemporânea.

Para assitir no Youtube: http://www.youtube.com/watch?v=zadB2tMPQSc

Bom estudo a todos e até sexta que vem (no mundo real pois até lá "nos vemos" por aqui e pelo grupo.)

Maycon Saviole