FACULDADE de FILOSOFIA SANTA DOROTÉIA
CURSO de PÓS-GRADUAÇÃO em PLANEJAMENTO URBANO-AMBIENTAL
DISCIPLINA: CIBERESPAÇO
PROFESSOR: SIDNEY CARDOSO
ALUNO: ALEXANDRE JACINTHO TEIXEIRA
Segundo Milton Santos (1), a principal forma de relação entre o homem e a natureza, ou melhor, entre o homem e o meio, é dada pela técnica. Nesse contexto, as revoluções técnico-científicas têm como consequências mudanças de ordem econômica, política, cultural, social e, considerando-se o espaço, também de natureza geográfica. Mudanças que vão de encontro ao citado por Pierre Lévy (2), que afirma que uma técnica é produzida dentro de uma cultura, e uma sociedade encontra-se condicionada por suas técnicas, porém não determinada por estas. Dizer que a técnica condiciona significa dizer que abre algumas possibilidades, que algumas opções culturais ou sociais não poderiam ser pensadas a sério sem sua presença. Dentre outros exemplos, Lévy cita que a agricultura irrigada em grande escala talvez tenha favorecido o “despotismo oriental” na Mesopotâmia.
CURSO de PÓS-GRADUAÇÃO em PLANEJAMENTO URBANO-AMBIENTAL
DISCIPLINA: CIBERESPAÇO
PROFESSOR: SIDNEY CARDOSO
ALUNO: ALEXANDRE JACINTHO TEIXEIRA
Segundo Milton Santos (1), a principal forma de relação entre o homem e a natureza, ou melhor, entre o homem e o meio, é dada pela técnica. Nesse contexto, as revoluções técnico-científicas têm como consequências mudanças de ordem econômica, política, cultural, social e, considerando-se o espaço, também de natureza geográfica. Mudanças que vão de encontro ao citado por Pierre Lévy (2), que afirma que uma técnica é produzida dentro de uma cultura, e uma sociedade encontra-se condicionada por suas técnicas, porém não determinada por estas. Dizer que a técnica condiciona significa dizer que abre algumas possibilidades, que algumas opções culturais ou sociais não poderiam ser pensadas a sério sem sua presença. Dentre outros exemplos, Lévy cita que a agricultura irrigada em grande escala talvez tenha favorecido o “despotismo oriental” na Mesopotâmia.
De acordo com o site da Angelfire (3), o problema principal da agropecuária na Mesopotâmia era a falta de chuvas. Além disso, os afluentes dos rios Tigre e Eufrates não eram muito caudalosos. Então, para melhor aproveitar suas terras férteis, os mesopotâmicos inventaram métodos para irrigar artificialmente seus campos, tendo se dado conta de que poderiam expandir a área agropecuária através da confecção de canais de irrigação, aumentando consequentemente a produção de alimentos. O melhor controle sobre a colheita e a criação de animais domésticos fez com que mais comunidades passassem a existir. A proximidade dos vilarejos tornava mais fácil a comunicação e a interação entre as mesmas. Isso estimulou o intercâmbio cultural e econômico, mas também trouxe a possibilidade de conflitos. Portanto, o surgimento de regras e acordos para evitá-los ou resolvê-los desponta como um fator importante no processo da civilização, sendo considerados mais importantes do que a necessidade administrativa de maior cooperação nos trabalhos de irrigação. Ou seja, o sucesso da agricultura irrigada na maior produção de alimentos tornou indispensável a manutenção de uma organização acima de tudo centralizada, enérgica e disciplinada. Esta administração teria de ser mantida pelo menos para os trabalhos de irrigação, mantendo sob controle vilas e povoados que até então tinham sido independentes e sobrevivido isoladas umas das outras.
As populações se “adaptaram” gradualmente àquele tipo de regime, formando as primeiras cidades, sob as ordens de uma administração forte, com grande concentração de força. Dessa administração forte das primeiras cidades originou-se provavelmente o sistema monárquico. Finalizando, segundo John Keegan (4), especialista em história militar, o poder de organização dos mesopotâmicos, e consequentemente de seus exércitos, os tornaram temidos, o que prova a capacidade de mobilização e de planejamento de suas cidades.
Referências Bibliográficas:
(1)– Santos, Milton – A Natureza do Espaço: Técnica e Tempo, Razão e Emoção – 4. ed. 2. reimpr. - São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2006 – (Coleção Milton Santos; 1)
(2)- Lévy, Pierre – Cibercultura; tradução de Carlos Irineu da Costa – São Paulo: Ed. 34, 1999. 264 p. (Coleção TRANS)
(3)http://www.angelfire.com/me/babiloniabrasil/index.html
(4)Keegan, John – Uma história da guerra – Editora Cia. Das Letras, São Paulo, 1993, p. 175, extraído de http://www.uol.com.br/
(1)– Santos, Milton – A Natureza do Espaço: Técnica e Tempo, Razão e Emoção – 4. ed. 2. reimpr. - São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2006 – (Coleção Milton Santos; 1)
(2)- Lévy, Pierre – Cibercultura; tradução de Carlos Irineu da Costa – São Paulo: Ed. 34, 1999. 264 p. (Coleção TRANS)
(3)http://www.angelfire.com/me/babiloniabrasil/index.html
(4)Keegan, John – Uma história da guerra – Editora Cia. Das Letras, São Paulo, 1993, p. 175, extraído de http://www.uol.com.br/